"Leia o texto que segue, extraído da revista Veja:
A SAGA DOS HOMENS-CUPIM
Com base nesses dados, procure construir um texto do gênero reportagem jornalística, aproveitando-se da metáfora sugerida pelos nossos índios, em que madeireiros, como um enxame de cupins, desembarcam num local da Amazônia e a devastam (ou devoram) sem critério e sem controle.
1 airoso: esbelto, gracioso.
2 soberba: orgulho, altivez.
3 galeota: pequena embarcação a remo, usada para o transporte do rei.
4 empavesado: enfeitado, adornado, guarnecido de paveses (= proteção nas embarcações.
5 ufano: que se orgulha de algo; vaidoso.
6 galhardia: garbo, elegância.
7 aprestar: preparar com prontidão.
8 alento: sopro, bafejo.
9 penha: penhasco, rochedo.
10 ganga: resíduo inaproveitável de um minério.
11 tuba: instrumento musical de sopro, semelhante à trombeta.
12 clangor: som forte, como o da trombeta.
13 lira: instrumento musical de cordas.
14 trom: som de trovão ou de canhão.
15 procela: tempestade marítima.
16 arrolo: canto para adormecer criança; arrulho.
17 Air-bag (literalmente traduzido = saco de ar) é um balão que se enche de ar em casos de colisão de veículos, protegendo o passageiro contra o impacto".
Savioli, Francisco Platão & Fiorin, José Luiz. Lições de texto : leitura e redação. 1.ed. - São Paulo : Ática, 2011.
A SAGA DOS HOMENS-CUPIM
Ao observar os tratores que rasgavam a Transamazônica na década de 70, os índios
inventaram um apelido mais que adequado para aqueles cidadãos sombrios, de motosserra em
punho, que abriam longas feridas na floresta. Chamaram-nos de homens-cupim. Nos últimos 100
anos, os cupins humanos devoraram florestas com eficiência de assustar seus parentes
invertebrados. A marcha dos madeireiros começou no Sul do Brasil, alimentando-se das
araucárias do Paraná e de Santa Catarina. Depois, atacou as reservas de jacarandá do Espírito
Santo e da Bahia e, na década de 70, chegou ao Norte para roer o mogno. Agora eles avançam
sobre a última terra prometida, o Amazonas, aonde o governo tenta atrair madeireiros paraenses
com promessas de isenção fiscal, vastas concessões de terrenos e até sociedade com o Estado
em empresas exportadoras de madeira.
Veja, :94, 8 nov. 1994.
O efeito de sentido da metáfora consiste em projetar o traço de sentido dominante de uma
palavra mais marcada conotativamente para uma palavra menos marcada. No caso, a palavra
cupim, na nossa cultura, é mais marcada pelos traços de animal nocivo, corrosivo em relação à
madeira, devastador. Todos esses traços, por metáfora, são transportados para os madeireiros,
que passam a ser vistos como cupins. Note-se que outras metáforas se disseminam pelo texto
acima, usando para o homem termos relativos aos cupins: “devoram florestas”, “parentes
invertebrados”, “marcha dos madeireiros”, “alimentam-se”, “atacou”, “roer o mogno”.
Com base nesses dados, procure construir um texto do gênero reportagem jornalística, aproveitando-se da metáfora sugerida pelos nossos índios, em que madeireiros, como um enxame de cupins, desembarcam num local da Amazônia e a devastam (ou devoram) sem critério e sem controle.
1 airoso: esbelto, gracioso.
2 soberba: orgulho, altivez.
3 galeota: pequena embarcação a remo, usada para o transporte do rei.
4 empavesado: enfeitado, adornado, guarnecido de paveses (= proteção nas embarcações.
5 ufano: que se orgulha de algo; vaidoso.
6 galhardia: garbo, elegância.
7 aprestar: preparar com prontidão.
8 alento: sopro, bafejo.
9 penha: penhasco, rochedo.
10 ganga: resíduo inaproveitável de um minério.
11 tuba: instrumento musical de sopro, semelhante à trombeta.
12 clangor: som forte, como o da trombeta.
13 lira: instrumento musical de cordas.
14 trom: som de trovão ou de canhão.
15 procela: tempestade marítima.
16 arrolo: canto para adormecer criança; arrulho.
17 Air-bag (literalmente traduzido = saco de ar) é um balão que se enche de ar em casos de colisão de veículos, protegendo o passageiro contra o impacto".
Savioli, Francisco Platão & Fiorin, José Luiz. Lições de texto : leitura e redação. 1.ed. - São Paulo : Ática, 2011.